CORPO ADENTRO

Teu corpo é canoa
em que desço
vida abaixo
morte acima
procurando o naufrágio
me entregando à deriva.
Teu corpo é casulo
de infinitas sedas
onde fio
me afio e enfio
invasor recebido
com licores.
Teu corpo é pele
exacta para o meu
pena de garça
brilho de romã
aurora boreal
do longo inverno.
Marina Colassanti
2 Comments:
O corpo visto como um abrigo, como salvação...belo poema!
Olá! Desde ja parabens pelo blog :) e um belo poema tb! Obgda pela visita
**s
http://sorrisosperfeitos.blogspot.com/
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